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Acabou o tempo em que escrevi por ti, para ti, sobre ti.

quarta-feira, 5 de maio de 2010


O Sol brilhava por entre as nuvens e iluminava-me o rosto. Levantei-me de manhã cedo e dirigi-me para a praia. Marcava a areia tão suave com as minhas pequenas pegadas. Caminhava ao longo do areal refrescando muitas vezes o corpo com a água daquele lindo oceano. Sentei-me então á beira da água, com os joelhos encostados ao corpo visualizando as andorinhas e as gaivotas pairarem por cima do mar, muitas vezes passando por entre as pequenas ondulações formadas por esse longo manto azul. As ondas rebentavam e deslizavam na areia molhando uma parte do meu corpo. Fazia com que a areia se infiltrasse por entre os meus dedos das mãos e o vento suave daquele dia levava uns pequenos grãozinhos daquele mesmo areal. Imaginei-me então sentada a teu lado virada para o mar, enlaçando o meu braço na tua cintura e encostando a minha cabeça no teu ombro. Aquele longo manto azul e aquele infinito areal avivava na minha memória tudo o que passei a teu lado e foi mesmo por essa razão que me dirigi até àquele local. Via então as horas passarem e permaneci naquele local até o escurecer do céu. A noite estava perfeita e a brisa existente nem me arrefecia, nem me deixava com aquele calor estranho. Caminhei então e despedi-me das minhas memórias, porque são essas que me fazem sofrer. Decidi libertar-me de tudo e (re)começar.
Daniela Vieira

1 comentário:

  1. "Aquele longo manto azul e aquele infinito areal avivava na minha memória tudo o que passei a teu lado e foi mesmo por essa razão que me dirigi até àquele local."
    As recordações do passado, por vezes, magoam-nos no presente... Mas acredita, que se aprende muito com isso... por exemplo a ser-se mais forte.
    Liberta-te, recomeça... ergue a cabeça e olha em frente... Força (: beijinho*

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